domingo, 27 de junho de 2010

NOVO HOSPITAL RAMOS (HOSPITAL PARA CONSULTAS, CIRURGIAS E INTERNAÇÕES)


O Serviço Especializado de Atendimento a Mulher (SEAM) se encontra em funcionamento no Novo Hospital Ramos com atendimento em Mastologia, Obstetrícia e Ginecologia.

Atendimento em Obstetrícia para as intercorrências da gravidez e para o parto dia e noite com serviço de anestesiologia e pediatra na sala de parto. E o serviço esta agora mais completo contando com ultrassonografia realizada pela médica Paula Cedro que passa a fazer parte da equipe do Novo Hospital Ramos.

O Novo Hospital Ramos tem atendimento em Clinica Médica e Cirurgia Geral, Angiologia, Pediatria, Infectologia, Ortopedia, Endocrinologia, Cardiologia e diversas especialidades, entre elas agora a Urologia com a chegada do médico Flávio Andrade.

Consultas pelo telefone 73 3281 1338.

Novo Hospital Ramos, novas instalações, equipe de Enfermagem completa, serviço de Nutrição, Fisioterapia, apoio Psicológico além de serviço laboratorial e de Rx dia e noite.

Anexo ao hospital esta o PAI (Pronto Atendimento Infantil) da UNIMED.

Novo Hospital Ramos. Um novo hospital para um novo tempo.

(DIRETOR TÉCNICO: FERNANDO CORRÊLO - CREMEB 12 165)

quinta-feira, 17 de junho de 2010

FALAR O QUÊ?


Fui questionado por diversos amigos por diversos meios de comunicação do motivo do meu silêncio.

Oras!

Falar o quê?

Já falei asneira demais.

Agora deixa os outros manés falarem.

Quero só ouvir.

Os NOVOS Manés...

MAS O "CABRA" CONTINUOU...

quinta-feira, 17 de junho de 2010

COMPROMISSO COM A ÉTICA

Por Bráulio Wanderley

Esse blog tem compromisso com a defesa intransigente de princípios democráticos, populares e socialistas não sendo, portanto, um espaço aberto a conchavos de qualquer natureza.

Nossa tarefa é lutar pela verdade e coerência de princípios. Somos petistas, não comerciantes de ilusões. Sendo assim, doa a quem doer, vamos continuar as denúncias desse espúrio que é o aluguel do Partido dos Trabalhadores, maior expoente da esquerda latinoamericana, para qualquer oligarquia.

Não há devaneios de que boa parte do PT mudou de lado, mascara a realidade através da sua linda trajetória e que por esta, parte significativa dos filiados permanece na luta pela democracia popular, pelo modo petista de governar e pelo socialismo.

Resgatar o PT pelas bases e pelas lutas, com ou sem governos, pois aprendemos no PT a separar os espaços institucionais das discussões partidárias que hoje praticamente inexistem.

Desta feita, mesmo em tempos de pão e circo contemporâneo (copa do mundo e barulho de cornetas), vamos continuar na ousada e triste tarefa de exigir respeito a nossa história, sem sectarismos ou saudosismos, mas pela ética e coerência quanto às ideias que nos trouxeram ao Partido dos Trabalhadores. É essa história combativa que nos dá esperança em acreditar que é possível lutar por esse patrimônio da classe operária brasileira.

Postado por BRAULIO WANDERLEY às 02:55

* o blog a que ele se refere é o: http://historiavermelha.blogspot.com/

Entra lá. Tem mais...

Dutra Denuncia cúpula do seu partido

NESSA NOJEIRA TODA AI. ESSA NÃO FOI EU QUEM ESCREVI

Lê ai.

Não foi quem escrevi não.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

NEGOCIATA PT/PMDB: POLÍTICA OU PROSTÍBULO?

Por Bráulio WanderleyDe pai pra filha o Maranhão e seu povo sofrido vai pagando as faturas (em todos os sentidos) desse domínio. O Brasil viu a transição democrática em 1985, o Maranhão ainda espera a dele, pois em 2008 os amigos de Sarney cassaram o mandato do governador Jackson Lago.

O que leva um Partido dos Trabalhadores a apoiar, abraçar, beijar e chamar de 'companheiro' um chefe de gangue? Ou nas palavras de Lula "o maior ladrão do Maranhão"? Isso não é aliança é uma negociata que rasga a história de luta de milhões de militantes do PT nos seus 30 anos de existência. É uma desonra ver militantes hstóricos desrespeitados às custas dos interesses de cúpula.

Será que apenas Sarney pode transferir votos para Dilma Rousseff? Ou será que PC do B e PSB , aliados do PT desde 1989 na Frente Brasil Popular, não apóiam de modo mais honesto a candidata?

O mais interessante é que venderam o PT ao diabo. Nos estados, o PT largou seus governadores à própria sorte e deixou outros camaradas de lado em nome da eleição presidencial, sem exigir nenhuma reciprocidade do 'aliado PMDB'.

Eis alguns (maus) exemplos:

Na Bahia o "ilustre" Geddel Vieira Lima vai ser candidato contra o governador Jaques Wagner; no Pará o "símbolo" Jáder Barbalho será concorrente da governadora Ana Júlia; no Paraná o ex-governador Roberto Requião larga o pau no PT; em Goiás o PT apóia Íris Resende; no Rio de Janeiro obrigaram o PT a engolir a reeleição de Sérgio Cabral Filho e mandaram o ex-prefeito de Niterói Lindberg Farias pro senado; o mesmo ocorreu em Minas ao envergonharem nossos 2 maiores militantes: os ex-prefeitos Fernando Pimentel e Patrus Ananias ao recberam a ordem de que o apoio é pra Hélio Costa; em Pernambuco Jarbas Vasconcelos dá a legenda pra Serra e nada acontece; na Paraíba o PT apóia José Maranhão em detrimento de Ricardo Coutinho (PSB); em São Paulo (reduto de Lula, Marta Suplicy, Mercadante e outr@s), o "honorável" Orestes Quércia é candidato ao senado na chapa do tucano Geraldo Alckmin e aí a vergonha é maior, pois o presidente nacional do PMDB, o também paulista Michel Temer é candidato a vice de Dilma Rousseff. Que p... é essa!!!

Postado por BRAULIO WANDERLEY às 02:11

NÃO PERCO MAIS UM JOGO DA HOLANDA.


É CAMPEÃ!!!

terça-feira, 15 de junho de 2010

MAIS UMA ELEIÇÃO QUE O VOTO PELO CORREIO É UM ATRASO

Presidente Caíres,

Nada como um dia após o outro.

Há muito tento escrever algo sobre a desastrosa última eleição do CREMEB para a Delegacia Regional da 8ª Região (Eunápolis). Tanto é que nem consegui retirar ainda da página do meu blog (www.fernandocorrelo.blogspot.com) a propaganda da chapa 1 esperando o que escrever...

Acabo de abrir as correspondências que recebi hoje ao chegar em casa. São 23:20 h do dia 1 de junho (terça-feira).

A postagem do SINDIMED merece como sempre privilégio na fila. Sou informado da eleição que se realizará em 7,8 e 9 de junho.

Maravilha!

Exceto pelo fato que a orientação é para que se poste o voto até o dia 1 de junho.

Mais uma vez somos vítimas dessa situação. Todos sabem que os serviços dos Correios são uma verdadeira “irresponsabilidade” para não falar outra coisa, principalmente se estas letras estejam sendo lidas em horários alimentícios.

A eleição da Delegacia do CREMEB não reflete em hipótese alguma a vontade dos médicos do Extremo Sul.

Perdemos a eleição por 2 votos.

Tivemos dois membros da chapa que não votaram (um indiretamente) sem contar com um número confortável de colegas que até hoje reclamam seu direito a voz cassado por este método de votação equivocado. Serão anos de uma injustiça enorme dentro de uma instituição extremamente responsável por conta de que?

A eleição agora é do SINDIMED.

Agora não poderei votar em mim. Como membro da chapa, recebo meu direito a voto após o prazo regulamentar.

ABSURDO!

Mais um ABSURDO com os profissionais do interior (acredito que isto deve ter acontecido por toda Bahia do interior e não privilégio nosso aqui da Bahia do Sul).

Na ocasião, provocado, o CREMEB não se manifestou. Pelo contrário. Não aceitou o recurso de nossa chapa e homologou uma eleição que revoltou médicos locais.

É preciso que pela responsabilidade que é peculiar a este Sindicato ao qual tenho orgulho de pertencer, se manifeste nesta situação grave.

Os números finais desta eleição que será histórica não serão verdadeiros.

Tenho certeza que será uma votação expressiva em função de que nestes anos de atuação, os membros da atual chapa sob seu farol atuaram impecável em defesa da profissão, caro camarada. Mas estarão incertos os resultados, pois estarão faltando muitos votos de aprovação. Incluindo o meu.

Que esta situação não se repita nunca mais para eleições destas entidades que tão bem representam o médico baiano e contribuem de forma extraordinária para os avanços da categoria médica no Brasil.

Felicidades.

Enviado nos primeiros minutos de 2 de junho



sábado, 12 de junho de 2010

SINDICATO DOS MÉDICOS DA BAHIA TEM NOVA DIRETORIA

O Sindicato dos Médicos da Bahia tem nova diretoria para o quadriênio de 2010 a 2014. As eleições aconteceram nos dias 7, 8 e 9 de junho e contaram com ampla participação da categoria. As 13 urnas foram dispostas na sede do Sindimed e nos hospitais Ernerto Simões Filho, Santo Antônio, Roberto Santos, Santa Izabel, Espanhol, Português, Edgard Santos, São Rafael, HGE, Aliança, além do Cremeb e de uma urna que contabilizou os votos por correspondência. A eleição, coordenada pela Comissão Eleitoral do Sindicato, referendou a Chapa Única “Doutor, o Remédio é Lutar”.

A novidade no processo eleitoral foi a criação das diretorias regionais Feira de Santana, Chapada, Sul, Nordeste, Recôncavo, Norte, Oeste, São Francisco, Extremo Sul, Sudoeste I e Sudoeste II, como previsto de acordo com o Novo Estatuto dos Sindicatos dos Médicos.

Confira a lista completa dos diretores e diretoras eleitos da chapa “Doutor, o Remédio é Lutar”:



Presidente: José Caires Meira

Vice-Presidente: Francisco Magalhães

Diretorias:Organização, Administração e Patrimônio I: Ilmar Oliveira Organização


Administração e Patrimônio II: Marcos Ribeiro


Finanças I: Deoclides Oliveira Júnior


Finanças II: Gil Freire Barbosa

Formação Sindical: Dorileide de Paula

Comunicação e Imprensa: Luiz Américo Câmara

Assuntos Jurídicos: Débora Oliveira

Saúde: Áurea Meireles

Previdência Social e Aposentados: Maria do Carmo Ribeiro


Defesa Profissional e Honorários Médicos: João Paulo de Farias


Cultura e Ciência: David da Costa Júnior

Esportes e Lazer: Adherbal Moyses Nascimento

Mulher: Julieta Palmeira

Regional-Feira de Santana: Wagner Bonfim

Regional-Chapada: Ronel da Silva Francisco

Regional- Sul: Antonio Teobaldo Magalhães

Regional-Nordeste:Ney da Silva Santos

Regional-Recôncavo: Paulo Sérgio Dias

Regional-Norte: Roberto do Nascimento

Regional-Oeste: Helena Cardoso

Regional-São Francisco: Erivaldo Soares

Regional-Extremo Sul: Fernando Corrêlo

Regional-Sudoeste I: Luiz Dantas de Almeida

Regional-Sudoeste II: Márcia Pinho

Suplentes:


1º Maria do Socorro de Campos


2º Uilmar Leão

3º Nelson de Carvalho Assis Barros

4º Kátia Silvana Melo

5º Eugênio Pacelli Oliveira

Conselho Fiscal:


1º Carlos Valadares

2º Augusto Conceição

3º José Alberto de Souza

Suplente do Conselho Fiscal:


1º Cristiane Sentelhas Oliva

2º Sônia Votorelli

3º Claudia Galvão Brochado Silva



Fonte: http://www.sindimed-ba.org.br/conteudo.php?ID=1240

MEDIDAS DO MINISTÉRIO PÚBLICO NO SAMU FORAM "LIGTH" (LEVES)

Foram sim.

Se fossem gordis...

Ai ai ...

quarta-feira, 9 de junho de 2010

O CAOS NA SAÚDE É FRUTO DA CORRUPÇÃO.



O título acima é de matéria interessante postada no blog do médico EDUARDO LEITE.

Vale a pena passar lá e ver as observações feitas pelo profissional sobre essa conversa mole de políticos que usam a saúde como meio de poder.

Nauseante assistir situações como as expostas lá e também por aqui.

Hoje atendi uma senhora que me contou sua façanha com o filho no colo que desde as 19 h varou a noite com o filho recém nascido "internado" no colo no pronto socorro daquele negócio que insistem em chamar de "hospital regional" por falta de vaga.

Dá uma passsada por lá: http://eduardoleite.blogspot.com/

Se tiver estômago.

domingo, 6 de junho de 2010

PARA RELAXAR... Ô COISA BOA...

31

Vozes da Rádio em Alvalade "Índios da meia-praia"

É MAIS OU MENOS ISSO AI...


Realidade
Escrito por Jamesson Araujo
Sáb, 05 de Junho de 2010 10:22


Sábado passado o governador Jaques Wagner inaugurou o PS do Hospital Geral e o mais moderno tomógrafo do interior da Bahia. Investimento superior a 4 milhões de reais. Nesta sexta, o clínico geral escalado para atender a população não havia comparecido ao plantão do hospital até as 10 da noite. Uma fila de descontentes se formava no local onde, seis dias antes, estava cheio de políticos pregando saúde pública de qualidade como um direito de todos.

Fonte: JornaL Bahia Online

EXTRAIDO DE:
http://www.agravo.com.br/

sábado, 5 de junho de 2010

FALANDO DE ABORTAMENTO

O aborto é um tema tão submetido ao peso do tabu no Brasil, por questões de fundo religioso e principalmente católico, que nem mesmo as telenovelas, sempre tidas como vanguardistas na abordagem de temas tabus, como relações entre pessoas do mesmo sexo, barriga de aluguel, prostituição e dependência de drogas entre jovens da classe média, ousam tocar no assunto. E antes do telespectador insatisfeito com isso cobrar tal abordagem na teledramaturgia, é bom saber que tanto a telenovela quanto seus criadores obedecem a certas fronteiras temáticas sociais. Sabem até aonde os deixam ir. Não é a telenovela que é conservadora. O telespectador mediano é que não quer saber de certos temas. Não quer ouvi-los, vê-los.

Quanto ao aborto, esse telespectador sabe que o problema existe e que é grande. Como sabe. Sabe tanto que, quando a menstruação própria atrasa, ou a da filha dileta ou da namorada do filho cujo futuro seria borrado pela paternidade fora de época, muita dessa gente boa recorre a ginecologistas/obstetras em consultórios refrigerados ou a um vendedor clandestino de Cytotec, o misoprostol, um medicamento criado para o tratamento de úlcera, mas que, descobriu-se depois, produz como efeito colateral contrações uterinas que levam ao abortamento.

DESPENHADEIRO

O tema aborto é tão pecaminoso e varrido para embaixo do tapete que quando apareceu em uma novela foi para servir de objeto de punição para a heroína. Antes da Helena de Thaís Araújo em Viver a Vida, aliás a mais invertebrada das homônimas de Manoel Carlos, nenhuma protagonista tinha sequer conhecimento da palavra. Embora o antológico seriado Malu Mulher, protagonizado por Regina Duarte em 1979/80, tenha escandalizado a audiência casta ao pronunciar a palavra maldita, desde então, por mais ferrada que fosse a personagem que engravidasse numa novela, ela iria parir e todos seriam muito felizes. Vide Lady Daiane, a menina favelada e duas vezes grávida precoce em Senhora do Destino.

Eis, então, que o fenômeno do aborto aparece em Viver a Vida, apenas citado, já que ocorrido num passado remoto, antes do período de retratação da vida de Helena retratado na novela, E foi só pelo imperdoável aborto feito no passado, imperdoável até por parte dela mesma, que a protagonista comeu o pão da punição que o diabo amassou: apanhou na cara, literalmente, da personagem de Lília Cabral e, como se fosse pouco, de joelhos, voluntariamente ajoelhada e pedindo perdão. Por conta do tal aborto no passado, Helena chorou lágrimas intermináveis de culpa, pois foi pelo fato de ter sido acusada aos berros de ter feito um aborto que a mocinha perdeu a cabeça, expulsou a enteada do carro, obrigou-a a entrar num ônibus no deserto e este caiu num despenhadeiro, fazendo surgir a primeira heroína tetraplégica e cadeirante da teledramaturgia brasileira. Além de ser um pecado irreparável, vê-se, o aborto ainda causou tetraplegia de Luciana (Aline Morais), pois.

CASADAS E MÃES

Associado sempre ao silêncio, à clandestinidade, ao pecado e ao crime, o aborto irrompeu esta semana na mídia impressa e televisiva no Brasil, por conta dos resultados da primeira pesquisa nacional domiciliar sobre a prática no país. Idealizada e coordenada por Debora Diniz, antropóloga, bioeticista e documentarista, e Marcelo Medeiros, sociólogo, ambos da Universidade de Brasília, e financiada pelo Ministério da Saúde, a pesquisa revelou que uma em cada sete mulheres brasileiras já fez aborto ao menos uma vez na vida. Isso equivale a 15% das brasileiras entre 18 e 39 anos, cerca de cinco milhões de mulheres. A pesquisa não entrevistou mulheres que abortaram antes dos 18 anos e após os 39, nem considerou o segundo ou mais abortos feitos pelas entrevistadas, o que indica que o número pode ser ainda maior. A pergunta principal da pesquisa era: você já fez aborto? Como o aborto é crime no Brasil, as respostas eram sigilosas e colocadas em uma urna.

Quem são as mulheres que já fizeram aborto no Brasil? Embora o discurso religioso ilustre sempre a mulher que aborta como uma sem fé e solteira em relações instáveis, a pesquisa mostrou que praticamente a metade das cinco milhões de brasileiras que fizeram aborto é casada, em relação estável, tem religião definida (maioria é de católicas e evangélicas) e é de todas as classes sociais e escolaridades, embora o número de pobres e com menor escolaridade seja maior. Mais da metade disse ter recorrido a medicamentos clandestinos, o que indica que as demais recorreram ao amplo mercado, também clandestino, das clínicas de aborto. 55% teve que ficar internada por complicações após o procedimento. Esses são os dados, revelados pelas próprias mulheres que, por alguma razão, optaram pelo aborto, mesmo sendo religiosas, mesmo já tendo filhos e sabendo o significado da maternidade.

Malu Fontes é jornalista, doutora em Comunicação e Cultura e professora da Facom-UFBA. Texto originalmente publicado no jornal A Tarde, Salvador/BA, em 30 de maio de 2010.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

SAÚDE BÁSICA EM EUNÁPOLIS. UM GRANDE EQUIVOCO

Assistir o prefeito de Eunápolis dando uma entrevista no sito Radar 64 sobre a grande e longa espera pelo hospital de Eunápolis que me mostra uma realidade de incompetência por parte dos que o cercam.

O prefeito falando de capacidade de RX, de montagem de foco cirúrgico e por ai vai, não tem nada haver com o papel do administrador da cidade.

Que diabos de assessores de comunicação o prefeito tem?

Informações desnecessárias, muitas vezes equivocadas e principalmente fora de hora, expõe o gestor a situação extremamente sem graça para quem vive saúde.

Alguém pode me questionar que normalmente não uso essas belas palavras que utilizo quando a situação é ridícula.

Mas aviso aos meus poucos leitores que agora tenho que ter muito cuidado com as palavras, digo, letras, porque o prefeito de Eunápolis agora veio para o nosso lado.

Amigão.

Já disse e volto a repetir.

O foco (não o do centro cirúrgico) esta totalmente equivocado.

Pode inaugurar uns dois ou três hospitais desses ai.

Não irão resolver praticamente nada dos problemas da saúde de Eunápolis. Isto tudo é uma grande erro.

Existe um grande problema. O maior de todos. Este só será resolvido com penas duras.

O outro factível é cuidar bem da entrada no sistema de saúde.

Meu novo camarada prefeito.

Seu programa de saúde é um desastre. Uma incompetência só. Conseguiu ser pior que do prefeito anterior. Para mim, um feito de livro de recordes. Claro que não generalizada porque tem bons por ai. Mas no geral...

Falar então em UTI governador...

Chega ao extremo do ridículo em uma cidade que gestantes não consegue fazer um pré-natal descente, a população não consegue nem realizar em exame de fezes com boa qualidade.

Isso é uma merda!

Bom...

Tenho dito mais uma vez.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

USE CORRETAMENTE O PAPEL HIGIÊNICO



Creio que sempre tivemos a mania de regular a conduta alheia e estabelecer normas para atos que não deviam ser da conta de ninguém, exceto os envolvidos. Mas, ultimamente, parece que isso está deixando de ser um vício burocrático, para virar moda. Todo dia algum brioso engenheiro social inventa regras para a nossa conduta, muitas delas com a finalidade de nos proteger de coisas contra as quais não queremos ser protegidos, como acontece com as novas disposições relativas a balcões e prateleiras de farmácias. E, povo acostumado a comportar-se como se direitos básicos, a exemplo da liberdade de ir e vir ou de pensar e expressar-se livremente, constituíssem outorgas do Estado, somos cada vez mais tiranizados por esses abusos e, daqui a pouco, se não prestarmos atenção, teremos de preencher um formulário do Ministério da Saúde, justificando nosso pedido de carne vermelha num restaurante.

Lembro a tentativa de regular nossa linguagem, através da adoção de termos e expressões politicamente corretos. Seus proponentes afirmavam que se tratava apenas de sugestão, mas, por obra de nossa índole ovina, é claro que, dali a poucas semanas, estaria o Brasil inteiro usando a língua pasteurizada que imaginavam ser a adequada ao bom convívio social. Não duvido nada - e, sinceramente, não acho que estou exagerando muito - que baixem normas para a utilização do papel higiênico. Apareceriam especialistas e se produziria uma exposição de motivos em que se aludiria às várias posturas adotadas em relação ao delicado problema, provavelmente a escola centrífuga, a centrípeta e a eclética. Em mais uma demonstração do engenho nacional, todas as três seriam rejeitadas, em favor do padrão brasileiro, único no mundo e o mais avançado entre todos. A desobediência às normas implicaria sanções, mas ninguém precisaria ficar preocupado com a invasão de sua privacidade, pois o monitoramento do uso de papel higiênico só seria realizado depois de autorização judicial. Quem quiser que pense que isto é delírio.

Agora está em curso no Congresso Nacional a chamada lei da palmada, projeto que pretende tornar ilegal qualquer castigo físico de crianças, inclusive eventuais palmadas dadas pelos pais. Certamente estão incluídos aí puxões de orelha, beliscões, cascudos, petelecos e até mesmo empurrões, se bem que a epistemologia do empurrão deva dar algum trabalho, na hora de distinguir o empurrãozinho do maltrato. Isso, contudo, perde em complexidade para o banho. Como não ignoram muitos pais e a figura ilustre do Cascão não me deixa mentir, há crianças que, levadas ao banho, agem como se estivessem sendo esfoladas vivas. Para quem o abomina, banho não será violência? De que jeito a mãe agirá, até para não ser denunciada às autoridades pelo filho? Suponho que, no espírito da lei, contratará um psicólogo para, com alguns meses de trabalho, induzir o imundinho a se lavar, tudo muito prático, racional e moderno.

Leio também que o projeto prevê que os pais pilhados dando palmadas nos filhos terão de submeter-se a consultas com psicólogos ou psiquiatras. Quer dizer que, se o sujeito der uma palmada no filho, vai ser considerado de alguma forma anormal, doente mental ou desajustado e se verá obrigado a ser normal, sob as penas da lei. Que diabo é ser normal? É o que o psiquiatra me diz? Ele sabe o que é normal? Que é um indivíduo bem ajustado? Isso não é uma questão científica, é uma questão de valores, não é um problema para o método científico, é um problema filosófico. Não pode haver definição científica da conduta "certa". Todos sabem que quem é doido num contexto pode não sê-lo em outro e o bom ajustamento social às vezes não passa de conformismo, pobreza de horizontes, mesmice e ausência dos questionamentos que movem pessoas e coletividades. Agora o que se pretende é que muitos de nós nos vejamos ameaçados pela perspectiva de que lhe impinjam como compulsória a visão de normalidade de um psiquiatra ou psicólogo. E, se os pais se recusarem a essa consulta ou tratamento, estarão sujeitos a alguma pena adicional, perderão o pátrio poder, serão internados numa clínica especializada? E, se o consultado disser que o psiquiatra é um cretino e se recusar a seguir suas prescrições, sofrerá as mesmas punições? Será encaminhado a uma junta onisciente de psicodoutores, cujo laudo irrecorrível poderá render-lhe interdição ou prisão? Quiçá lobotomia, para os casos renitentes? Duvido muito que os psiquiatras concordem com isso, a não ser os que alimentem fantasias de transformar o mundo num grande manicômio, entre neurolépticos, ansiolíticos, antidepressivos e sossega-leões.

Apresentam-se os argumentos habituais de que a Suécia, o Zuribequistão Exterior e a Baixa Eslobóvia adotaram legislação semelhante. Os suecos vão à praia nus, na companhia de vizinhos, família e amigos. Aqui, devido a nosso vergonhoso atraso, isso é suruba. Ou seja, o que é bom para sueco é bom para sueco e não há razão para crer que o que funciona lá seja verdade universal. Se o sueco queima a rosca, queimá-la-emos nós também? O Estado não consegue, em lugar nenhum do Brasil, tirar as crianças abandonadas da rua, prevenir as sevícias medonhas sofridas por elas e denunciadas todo dia, dar horizontes a milhões de meninos e meninas. Mas agora, na esteira de seus inúmeros êxitos nessa área, acha de criar novas leis, como se as existentes, cumpridas fossem, não bastassem folgadamente. Vão se catar, vão procurar o que fazer, chega de besteirol, chega de nos empurrar burrice inconsequente goela abaixo. Bem melhor fariam, se cuidassem das reformas que realmente importam, as esquecidas que nunca foram feitas, a tributária, a administrativa, a política, a... Sim, e vejam se consertam a safadagem sem lei e sem ordem em que, para a maioria dos brasileiros, o Congresso e a política se transformaram.