sexta-feira, 29 de outubro de 2010

MOBILIZAÇÃO NACIONAL PELA VALORIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA


Ato realizado na última terça-feira (26), em Brasília.

ESSAS SÃO AS PRINCIPAIS REIVINDICAÇÕES:


Mais recursos para a SUS – pela imediata regulamentação da Emenda 29. Atualmente, o Brasil é o país de sistema universal de acesso à Saúde com menor financiamento público.

Mais regulação na saúde suplementar – pela atuação da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) na relação entre os médicos e os planos de saúde.

Mais condições de trabalho e remuneração – pela adoção do PCCV e da CBHPM; pelo reajuste dos valores da Tabela SUS; pelo fim da precarização e da terceirização do trabalho médico; pela criação da Carreira de Estado dos médicos no SUS.

Mais qualidade na assistência – pela adequada regulação do sistema para garantir a integralidade das ações de saúde com a hierarquização do atendimento e por melhores condições para o trabalho médico e dos demais profissionais de saúde.

Mais eficiência na gestão – pela qualificação e profissionalização da gestão pública dos serviços de saúde.

Mais qualidade na formação médica – pela limitação na abertura de novas escolas médicas no Brasil e pela exigência de ensino de qualidade naquelas em funcionamento.

Mais respeito às entidades representativas – pela valorização da representação dos médicos no cenário político, que devem ser ouvidas pelos gestores e parlamentares no momento de tomar decisões que afetam a saúde da população e o trabalho dos profissionais médicos.

PARA LER COMPLETO O TEXTO CLICK EM:

http://amb.org.br/teste/index.php?acao=mostra_noticia&id=6444

domingo, 24 de outubro de 2010

OS MEUS VOTOS NO PRIMEIRO TURNO

Recebi “emeios” me cobrando a revelação dos meus votos como havia dito que faria.

Realmente meus votos são sempre assumidos.

Estes então foram muito analisados e marquei cada votos de modo muito bem pensado. Cada voto dado sem qualquer emoção ou influência partidária.

Levei em consideração em meus votos a política local. Somente a conjuntura local.

Claro que há cargos que não são diretamente envolvidos e sim indiretamente. E ai abri algumas exceções mais nunca votei com tanta convicção.

Presidente: Plínio Arruda (PSOL)

Senador 1: Pinheiro* (PT)

Senador 2: Zilmar* (PSOL)

Governador: Marcos Mendes* (PSOL)

Deputado Federal: Daniel (PCdoB)

Deputado Estadual: Alfredo (PCdoB)

Fácil assim!

* Votos que tiveram análise política local.

Para evitar novos “emeios” de cobrança, rsrsrs...

No segundo turno meu voto será de DILMA (PT).


terça-feira, 19 de outubro de 2010

VALEU ABEL!

Ontem foi o dia dos médicos.

Recebi várias manifestações.

Obrigado a todos.

Escolhi a de Abel, um representante de medicamentos, pela originalidade.

Obrigado a todos.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

AOS PROFESSORES

Vivendo um momento político muito importante.

Dá a certeza que sem vocês esse país ainda vai errar muito.

Mantenham -se firmes.

Obrigado a todos..

Vocês são tudo.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

O MEU VOTO VAI PARA...

Meu voto neste segundo turno vai para...

... "Votarei consciente de que os temas aqui mencionados (união civil de pessoas do mesmo sexo, descriminalização do aborto, descriminalização de algumas drogas entre outras polêmicas) não serão resolvidos pelo presidente ou presidenta da república. Como qualquer pessoa informada sobre o tema, sei que assuntos assim devem ser discutidos pela sociedade civil, pelo legislativo e eventualmente pelo judiciário (como foi o caso da lei de biossegurança) [8] com serenidade e racionalidade.

Votarei na pessoa que acredito representa o melhor projeto político para o Brasil levando em conta outras questões (aparentemente esquecidas pelos lideres evangélicos presentes na mídia) tais como distribuição de renda, justiça social, direitos humanos, tratamento digno para os profissionais da educação, entre outros temas. (Ver Mateus 25: 31-46) Estas questões até podem não interessar aos líderes evangélicos e cristãos em geral que já ascenderam à classe média alta, mas certamente tem toda a relevância para nossos irmãos mais pobres".

* O Reverendo Sandro Amadeu Cerveira além de pastor titular da Segunda Igreja é professor universitário, com formação em Teologia pastoral, graduação em História, mestrado em Ciência Política (UFMG) no momento encontra-se na fase final do seu doutorado em Ciência Política também pela UFMG.

Igual a ele...

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

GOVERNADOR,MEUS LIVROS NÃO SÃO GENÉRICOS !

A minha luta por melhores condições de saúde vem desde o meu tempo de estudante de medicina. Lembro-me até hoje de um dos meus primeiros pacientes ,quando estudante estagiário, no Hospital Santo Antônio das Obras Assistências da Irmã Dulce, um senhor de mais de 70 anos, diagnóstico final: fome. Depois de formado,também no Hospital da Irmã Dulce, disse a ela mesma, que ela era aquela válvula de pressão da panela da miséria do povo da Bahia.

Ao longo dos meus 35 anos como médico tenho visto um vertiginoso desenvolvimento técnico da medicina e ao mesmo tempo vejo uma saúde pública cada vez mais caótica, corrupta e uma medicina privada cada vez mais mercantilista e distante dos princípios que regem a ética médica.

No dia 29 de junho de 2007 assumi a direção geral do maior Hospital Estadual da Bahia, Hospital Geral Clériston Andrade, em Feira de Santana. Há muitos anos que eu estava afastado desse hospital,o que eu encontrei foi um total descaso e falta de respeito ao ser humano,na realidade ali era o verdadeiro inferno e a base da Mistanásia-a morte do cidadão por falha do poder público.

Quando soube que não existia um serviço de neurologia e que o déficit de leitos de UTI e de Enfermaria, além de inúmeros outros problemas, arregacei as mangas e fui à luta.

Não havia planejamento nem metas a cumprir,foi assim que me entregam este hospital onde mais de 1600 funcionários trabalhavam no limite máximo do desânimo e da descrença.Em menos de 4 meses consegui construir 60 leitos de enfermaria e montar um Serviço de Neurocirurgia que salvou centenas de vidas que, fatalmente, se não tivessem morrido estariam com graves seqüelas resultantes da demora absurda nas transferências para Salvador.

O que me fez desistir depois de um ano e 15 dias foi ver a falta de interesse por parte do governo Jaques Wagner em reverter esse imoral caos. A falta de planejamento e a leniência com a corrupção por parte da SESAB me levaram a pedir exoneração.

Mesmo assim acreditava com a minha saída, que agradou a uns poucos políticos fisiologistas do PT e do PC do B, que os projetos que eu mesmo elaborei seriam tocados pelo meu substituto, como por exemplo, os 38 leitos de UTI, a Enfermaria de Neurocirurgia e outros.

O primeiro livro POLÍTICA E CORRUPÇÃO NA SAÚDE PARTE I, já estava pronto antes do pedido da minha exoneração-eu tinha certeza que não poderia continuar diante de tantos absurdos que matavam inocentes e humilhava outros tantos. Nesse primeiro livro,apesar dos absurdos cometidos pela SESAB,eu acreditava que o governo Wagner poderia encontrar o rumo da responsabilidade que todo gestor público tem a obrigação de seguir.

Ledo engano. O governo Wagner, notadamente na saúde, mostrou-se irresponsável e leniente com a corrupção. Erros inaceitáveis num governo que se dizia socialista e que estava comprometido com as mudanças, mentiu para os baianos que almejavam mudanças.O povo baiano estava cansado dos desmandos do carlismo, por isso, elegeu o governador que se dizia honesto e disposto a reverter o caos em especial na saúde,na educação e na segurança.

Por isso, depois de um ano da minha exoneração, escrevi o segundo livro, onde, relato com detalhes todos esses absurdos que continuam vitimando a milhares de inocentes que têm que procurar o serviço público.

Esse segundo livro,assim como o primeiro, não é genérico como disse o governador Jaques Wagner no último debate via TV Bahia. São livros escritos com detalhes e precisão que servirão para que um gestor responsável e comprometido com o bem público possa reverter o imoral caos na saúde do nosso estado.

O terceiro livro aguarda os resultados que o tempo irá mostrar devido à falta de planejamento e compromisso com a eficiência e promovendo o mais deslavado fisiologismo. Espero que o próximo governador seja o inverso do atual. A Bahia só tem a lucrar se assim o destino nos prover.

Eduardo Leite
http://www.politicaecorrupcaonasaude.blogspot.com/
gastroajuda@hotmail.com
Postado por Eduardo Leite às
9:50 AM

* Copiado do sítio como combinado:http://eduardoleite.blogspot.com/2010/09/governadormeus-livros-nao-sao-genericos.html





quinta-feira, 7 de outubro de 2010

AS ELEIÇÕES E OS APROVEITADORES DA BOA FÉ E DA CREDULIDADE EVANGÉLICA


07/10/2010 - 07h00
As eleições e os aproveitadores da boa fé e da credulidade evangélica

"Se o problema fosse realmente o comprometimento dos candidatos e seus partidos com as questões caras aos religiosos, os líderes evangélicos que abominam estas propostas não teriam alternativa"

Rev. Sandro Amadeu Cerveira*

Talvez eu tenha falhado como pastor nestas eleições. Digo isso porque estou com a impressão de ter feito pouco para desconstruir ou no pelo menos problematizar a onda de boataria e os posicionamentos “ungidos” de alguns caciques evangélicos. [1]

Talvez o mais grotesco tenham sido os emails e “vídeos” afirmando que votar em Dilma e no PT seria o mesmo que apoiar uma conspiração que mataria Dilma (por meios sobrenaturais) assim que fosse eleita e logo a seguir implantaria no Brasil uma ditadura comunista-luciferiana pelas mãos do filho de Michel Temer. Em outras, o próprio Temer seria o satanista mor. Confesso que não respondi publicamente esse tipo de mensagem por acreditar que tamanha absurdo seria rejeitada pelo bom senso de meus irmãos evangélicos. Para além da “viagem” do conteúdo a absoluta falta de fontes e provas para essas “notícias” deveria ter levado (acreditei) as pessoas de boa fé a pelo menos desconfiar destas graves acusações infundadas. [2]

A candidata Marina Silva, uma evangélica da Assembléia de Deus, até onde se sabe sem qualquer mancha em sua biografia, também não saiu ilesa. Várias denominações evangélicas antes fervorosas defensoras de um “candidato evangélico” à Presidência da República simplesmente ignoraram esta assembleiana de longa data.

Como se não bastasse, Marina foi também acusada pelo pastor Silas Malafaia de ser “dissimulada”, “pior do que o ímpio” e defender, (segundo ele), um plebiscito sobre o aborto. Surpreende como um líder da inteligência de Malafaia declare seu apoio a Marina em um dia, mude de voto três dias depois e a apenas seis dias das eleições desconheça as proposições de sua irmã na fé.

De fato, Marina Silva afirmou (desde cedo na campanha, diga-se de passagem) que “casos de alta complexidade cultural, moral, social e espiritual como esses, (aborto e maconha) deveriam ser debatidos pela sociedade na forma de plebiscito” [3]. Mas, de fato, não disse que uma vez eleita ela convocaria esse plebiscito. O mais surpreendente, porém, foi o absoluto silêncio quanto ao candidato José Serra. O candidato tucano foi curiosamente poupado. Somente a campanha adversária lembrou que foi ele, Serra, a trazer o aborto para dentro do Sistema Único de Saúde (SUS) [4]. Enquanto ministro da Saúde, o candidato do PSDB assinou em 1998 a norma técnica do SUS ordenando regras para fazer abortos previstos em lei, até o 5º mês de gravidez [5]. Fiquei intrigado que nenhum colega pastor absolutamente contra o aborto tenha se dignado a me avisar desta “barbaridade”.

Também foi de estranhar que nenhum pastor preocupado com a legalização das drogas tenha disparado uma enxurrada de-mails alertando os evangélicos de que o presidente de honra do PSDB, e ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso defenda a descriminalização da posse de maconha para o consumo pessoal [6].

Por fim, nem Malafaia nem os boateiros de plantão tiveram interesse em dar visibilidade à noticia veiculada pelo jornal Folha de São Paulo (Edição eletrônica de 21/06/10) nos alertando para o fato de que “O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, afirmou nesta segunda-feira ser a favor da união civil e da adoção de crianças por casais homossexuais.” [7]

Depois de tudo isso, é razoável desconfiar que o problema não esteja realmente na posição que os candidatos tenham sobre o aborto, união civil e adoção de crianças por homossexuais ou, ainda, a descriminalização da maconha. Se o problema fosse realmente o comprometimento dos candidatos e seus partidos com as questões acima, os líderes evangélicos que abominam estas propostas não teriam alternativa.

A única postura coerente seria então pregar o voto nulo, branco ou ainda a ausência justificada. Se tivessem realmente a coragem que aparentam em suas bravatas televisivas, deveriam convocar um boicote às eleições. Um gigantesco protesto apartidário denunciando o fato de que nenhum dos candidatos com chances de ser eleitos tenha realmente se comprometido de forma clara e inequívoca com os valores evangélicos. Fazer uma denúncia seletiva de quem esta comprometido com a “iniquidade” é, no mínimo, desonesto.

Falar mal de candidato A e beneficiar B por tabela (sendo que B está igualmente comprometido com os mesmo “problemas”) é muito fácil. Difícil é se arriscar num ato conseqüente de desobediência civil como fez Luther King quando entendeu que as leis de seu país eram iníquas.
Termino dizendo que não deixarei de votar nestas eleições.

Não o farei por ter alguma esperança de que o Estado brasileiro transforme nossos costumes e percepções morais em lei criminalizando o que consideramos pecado. Aliás tenho verdadeiro pavor de abrir esse precedente.

Não o farei porque acredite que a pessoa em quem votarei seja católica, cristã ou evangélica e isso vá “abençoar” o Brasil. Sei, como lembrou o apóstolo Paulo, que se agisse assim teria de sair do mundo.

Votarei consciente de que os temas aqui mencionados (união civil de pessoas do mesmo sexo, descriminalização do aborto, descriminalização de algumas drogas entre outras polêmicas) não serão resolvidos pelo presidente ou presidenta da república. Como qualquer pessoa informada sobre o tema, sei que assuntos assim devem ser discutidos pela sociedade civil, pelo legislativo e eventualmente pelo judiciário (como foi o caso da lei de biossegurança) [8] com serenidade e racionalidade.

Votarei na pessoa que acredito representa o melhor projeto político para o Brasil levando em conta outras questões (aparentemente esquecidas pelos lideres evangélicos presentes na mídia), tais como distribuição de renda, justiça social, direitos humanos, tratamento digno para os profissionais da educação, entre outros temas. (Ver Mateus 25: 31-46) Estas questões até podem não interessar aos líderes evangélicos e cristãos em geral que já ascenderam à classe média alta, mas certamente tem toda a relevância para nossos irmãos mais pobres.

[1] As afirmações que faço ao longo deste texto estão baseadas em informações públicas e amplamente divulgadas pelos meios de comunicação. Apresento os links dos jornais e documentos utilizados para verificação.









* Cientista político doutorado pela UFMG e pastor da Segunda Igreja Presbiteriana de Belo Horizonte